por Marco Antônio de Carvalho Lima
publicado em UNISINOS
“Francisco e Clara de Assis podem dialogar conosco em busca de novas normas para a Casa, que tenham por fundamentos: a vida; a dignidade da pessoa humana; a democracia; a cidadania; o trabalho; o pleno emprego; a prioridade a Educação e a saúde como política econômica; o respeito à Natureza; a finalidade social de propriedade. A proposta de Francisco e Clara pode nos inspirar. E que inspire os jovens economistas“,
escreve Marco Antônio de Carvalho Lima, Membro da Ordem Franciscana Secular de São José dos Campos, SP, e da Comissão Socioambiental da mesma Diocese.
Eis o artigo.
Antes de iniciarmos essa conversa, é importante uma advertência. Quando se diz “Economia de Francisco e Clara”, é preciso deixar claro que iniciaremos um diálogo com Francisco de Assis. “É um estranho a nos incomodar…um fora de lugar…”, para usar as expressões de Alberto Moreira. Veremos, acrescenta o professor, “não há como não sentir um estranhamento ao pensar sua diferença tão enorme dos horizontes que compõe nosso cotidiano”. Então, o diálogo será duro para nós: modernos ou pós-modernos; distantes; virtuais; bombardeados de informação (que não significa necessariamente, sabedoria ou ciência, muitas vezes, ao contrário, são alienação e ignorância); muitas vezes, presos a estruturas, que temos como verdades intocáveis; ou ainda, se nos apoiamos numa pretensa intimidade com ele ou com seu Mestre, Jesus de Nazaré. Não quero dizer com isso, que Francisco se apresente como modelo, mas que seu compromisso com projeto de Jesus – o Reino ou o Governo de Deus – é um convite à coerência e à fidelidade. Pois, Francisco, depois de sua experiência concreta com o Deus Bom, tornou-se um “moço doido”. Não se deixa manipular. Não se pode corrompê-lo. É livre! De uma liberdade que poucos experimentaram. Por isso mesmo, está aberto ao diálogo conosco. Nunca deixaria de se sentar à mesa conosco, dividir o pão e dizer: minha irmã, meu irmão.
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