(por Guilherme Nascimento Valadares *)
Nota editorial:
BAIXE o guia de como conversar com quem pensa muito diferente de nós aqui.
Essa é uma pesquisa realizada por nós junto ao Instituto Avon, com grande alegria. É resultado da imensa colaboração de toda a comunidade PdH, pois graças a vocês obtivemos mais de 9.000 respostas, quando fizemos o chamado lá atrás. Como prometido, estamos de volta com:
- o resultado da pesquisa (dados absolutamente originais)
- um guia de como dialogar com os diferentes
- um guia de boas práticas jornalísticas
Publicar todo esse conteúdo, 100% público, é nosso muito obrigado a todos e todas que participaram. Aproveitem e tornem esse trabalho uma ferramenta de transformação!
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Quando reclamamos que está cada vez pior conversar no Facebook, nos grupos de Whatsapp, nos almoços de família ou mesmo nas rodas de amigos, somos confrontados com uma realidade que nós mesmos ajudamos a criar e sustentar.
A reação natural é dizer que o problema está, claro, no outro.
Ficamos abismados com a capacidade das “outras” pessoas em expressar ódio, a indescritível preguiça que parecem ter de ler e-mails e a incapacidade de apreciar a superioridade auto-evidente de nossos argumentos. Ninguém mais presta atenção em nada, não à toa está essa bagunça toda.
Reconhecer que tudo isso também está em nós é um excelente começo.
Somos um emaranhado de contradições, vontades, medos, hábitos e crenças, em constante fluxo. Acolher a confusão de nosso mundo interno facilita julgar menos e nos conectar com a outra pessoa de modo mais aberto.
O desafio não é convencer todo mundo do “lado de lá” a vir para onde estamos, é deixar nossas bolhas e construir outras mais favoráveis, coletivamente. E para isso, empatia e boa intenções não bastam.
Conversar com quem pensa muito diferente de nós exige treino. Continuidade, paciência, tempo, respiro.
Mas confie. O músculo necessário para esses diálogos logo toma forma. Convide os amigos para praticar junto. Aspiramos que usem o material a seguir como ferramenta e cultivem uma rede nutrida pela motivação compartilhada de construir pontes com quem jamais pensaram em trocar mais do que duas palavras.
É tempo de mais pessoas construtoras de pontes.
Livro com resultado completo da pesquisa “Derrubando muros & construindo pontes”
Baixe aqui nosso livro. Ele está formatado para facilitar leitura também no celular.
O material contém ainda um “Guia para conversar com quem pensa muito diferente” e um “Guia de boas práticas jornalísticas para construirmos mais e melhores pontes”.
Apresentação com 200 slides com todos os cruzamentos possíveis de dados (o livro contém só os mais relevantes)
E aqui pode você pode acessar e baixar a base de dados das 9.000 respostas (sem nenhum dado que pessoalize as respostas), para rodar suas próprias análises.
Minidocumentário completo, baseado na pesquisa
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Nosso imenso obrigado, Instituto Avon, El Toro Filmes, Estudio Nono, Espaço Udjain. Mafoane, Daniela, Gabrielle, Felipe, Luciano, Guima (todo time El Toro), Inara, Jorge, Renata, Carol Nalon, Hermes, Gabriela, Yann, Paulo. Esse é um filho de muitos pais e mães.
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Esse artigo será atualizado ao longo dos próximos dias.
E vocês, têm conversado com quem pensa muito diferente de vocês? Quais têm sido os aprendizados e obstáculos nesses diálogos? Seguimos, como sempre, nos comentários.
Um grande abraço!
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* Editor-chefe do PapodeHomem, co-fundador d’o lugar. Membro do Comitê #ElesporElas, da ONU Mulheres. Professor do programa CEB (Cultivating Emotional Balance). Oferece cursos de equilíbrio emocional e escreve pequenas ficções no Instagram.